Agência France-Presse
postado em 05/12/2009 19:33
SHARIFF AGUAK - A presidente das Filipinas, Gloria Arroyo, confrontada a um risco de rebelião, impôs neste sábado a lei marcial na província de Maguindanao, em seguida à detenção de seu governador, vinculado ao massacre que matou 57 pessoas no dia 23 de novembro passado.
Forças especiais do Exército detiveram o chefe do poderoso clã Ampatuan e vários outros membros da família ligada à presidente - para serem interrogados sobre essas mortes.
Segundo as investigações, o massacre, praticado por homens armados, foi um acerto de contas entre clãs políticos rivais, com o objetivo de impedir que um rival político anunciasse a candidatura ao governo provincial na eleição prevista para 2010, para concorrer com Andal Ampautan Jr.
Na sexta-feira, tropas invadiram o conglomerado da família, onde encontraram um arsenal enterrado. É a primeira vez que se instaura a lei marcial nas Filipinas desde a ditadura Ferdinand Marcos. Naquela época, todo o país havia sido colocado sob lei marcial entre 1972 e 1981.