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Estável economicamente, Chile vive tensões políticas com Peru e Argentina

postado em 06/12/2009 15:51
Dono de uma das economias mais estáveis da América do Sul, o Chile tem 16,5 milhões de habitantes e registra também um elevado índice de desenvolvimento humano e de qualidade de vida. Porém, tem uma relação política conturbada com os vizinhos Argentina e Peru. Disputas territoriais, denúncias de espionagem e ameaças de conflitos armados são constantes.

No mês passado, o governo e Congresso Nacional do Peru ameaçaram recorrer contra o Chile à Interpol (polícia internacional), à União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e à Organização de Estados Americanos (OEA).

O estopim para a ameaça do Peru contra o Chile foi a suspeita de que o militar Victor Ariza Mendoza, detido desde outubro, seria espião e responsável pelo repasse de informações sigilosas referentes a temas estratégicos, além de conduzir a venda de dados sobre o sistema de defesa peruano.

Com o Brasil, a relação do Chile é tranquila. O comércio de bens aumentou 16,5% em 2008, atingindo US$ 8,9 bilhões. Dos brasileiros, os chilenos compram petróleo, telefones celulares e ônibus. Do Chile, o principal produto comprado é o cobre, depois do metanol e salmão.

Politicamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente chilena Michelle Bachelet costumam demonstrar afinidade. Como Lula, ela atraiu a atenção internacional para seu país. Pediatra socialista, Bachelet foi a primeira mulher eleita no Chile, obtendo 53,5% dos votos contra 46,5% do adversário Sebastián Piñera - que agora aparece liderando as pesquisas de opinião.

O mandato presidencial no Chile é de quatro anos sem direito à reeleição. Nas eleições do próximo domingo (13), os eleitores vão escolher também 20, dos 40 senadores, cujos mandatos são de oito anos. Os eleitores votarão ainda para deputados federais, que vão ocupar 120 cadeiras na Câmara.<-- .replace('

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