BRUXELAS - Os esforços de vários países europeus para pressionar pelo reconhecimento de Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado palestino alimentam ainda mais nesta segunda-feira a polêmica em Bruxelas, na véspera do encontro dos chefes da diplomacia da UE sobre o tema.
A presidência sueca da União Europeia (UE) proporá aos ministros que adotem nesta terça-feira uma postura comum sobre esta sensível questão, cujo debate incomodou o Estado hebreu.
O setor leste de Jerusalém "não pertence a Israel", afirmou nesta segunda-feira o chefe da diplomacia luxemburguesa, Jean Asselborn, ao chegar a uma reunião de dois dias com seus colegas europeus.
"Todos nós reconhecemos nos discursos que Jerusalém Oriental está ocupada. E se está ocupada, não pertence a Israel", disse Asselborn, pedindo à UE e aos Estados Unidos que adotem uma linguagem clara no conflito israelense-palestino.
"Acredito que é do interesse de todos ter um Estado palestino o quanto antes, com capital em Jerusalém Oriental", disse no domingo o secretário francês de Assuntos Europeus, Pierre Lellouche.
Mas esta postura não tem unanimidade dentro da UE.
O projeto atual, que será debatido terça-feira pelos ministros, retirou a referência de Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado palestino.
Dezenas de palestinos se manifestaram nesta segunda-feira diante das representações diplomáticas da França e da Suécia em Jerusalém para apoiar a proposta inicial da presidência sueca.