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Candidatos à Presidência do Chile encerram oficialmente a campanha hoje

postado em 10/12/2009 11:38
Os candidatos que disputam a sucessão da presidente chilena, Michelle Bachelet, encerram oficialmente nesta quinta-feira (10/12) as campanhas políticas. Pela lei, cartazes, panfletos e faixas devem ser retirados das ruas, mas as principais avenidas de Santiago (capital chilena) continuam lotadas pelas propagandas eleitorais. Com a revelação recente de que o ex-presidente Eduardo Frei Montalva foi envenenado durante a ditadura, o tema que predomina nos debates é a questão dos direitos humanos e eventuais mudanças na Lei de Anistia. Pesquisa de opinião publicada hoje no jornal La Tercera, um dos maiores do Chile, informa que candidato da oposição Miguel Sebastián Piñeira, da coligação Alianza (centro-direita) detém 44,1% da intenções de votos, o ex-presidente e candidato Eduardo Frei Ruiz, da coligação Concertación (de Michelle Bachelet), está com 31%, e o candidato independente Marco Enriquez-Ominami Gumucio obtém 17,7%. A presidente chilena aproveita esta quinta-feira para visitar a cidade de Hornos de Lonquén, ao sul de Santiago - onde foram encontradas ossadas de supostas vítimas da ditadura que dominou o país por 17 anos e provocou o desaparecimento de cerca de 3 mil pessoas. Em Hornos de Lonquén, Michelle Bachelet anunciará que a prioridade do governo e do Congresso Nacional é discutir e definir cinco projetos relacionados a direitos humanos, inclusive um que trata da revisão da Lei de Anistia. Para analistas políticos, é um meio de Bachelet colaborar para a campanha de seu candidato - Eduardo Frei Ruiz. Paralelamente os principais candidatos à Presidência tentam manter agendas próprias. Piñeira concentra seu discurso na necessidade de mudança depois de 20 anos da esquerda no poder. Frei Ruiz prefere dar atenção aos temas de direitos humanos e à Lei de Anistia. Tanto é que ele estará no mesmo evento do qual a presidente participará na cidade de Hornos de Lonquén. Enriquez-Ominami, que foi elogiado pela embaixadora chilena na Suíça, Carolina Rosseti, reagiu à pressão da chancelaria do Chile que criticou a posição da diplomata. Para Ominami, a reação da chancelaria é um cerceamento à democracia. No próximo domingo (13), cerca de 9 milhões de chilenos irão às urnas para escolher o presidente da República, 40 senadores e mais 120 deputados. Pelas pesquisas de opinião, haverá segundo turno no Chile, a ser realizado em 17 de janeiro.

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