Agência France-Presse
postado em 10/12/2009 19:46
O candidato da direita, Sebastián Piñera, estimulado por uma cômoda vantagem a três dias da eleição presidencial chilena, encerra a campanha com um grande ato em Santiago, em contraste com os adversários - o governista Eduardo Frei, e o dissidente Marco Enríquez - que preferiram realizar comícios menores, no interior do país.
[SAIBAMAIS]Piñera, um empresário milionário de 60 anos, chega ao final da campanha com o impulso dado à sua candidatura por uma enquete do privado Centro de Estudos da Realidade Contemporânea (CERC); numa projeção para o pleito, deste domingo, ele possui 44,1% das intenções de voto contra 31% dados a Frei e 17% a Enríquez Ominami.
Piñera encerra a campanha com um comício em pleno centro de Santiago, no mesmo local utilizado há quatro anos pela presidente Michelle Bachelet.
Frei, candidato da governista Concertación, a coalizão de governo, optou pela realização de atos menores; o último, nesta quinta-feira, será em Concepción, 500 km a sudoeste do Chile.
Enríquez, dissidente do governismo, encerrará a campanha na cidade de La Calera, centro do país, onde iniciou sua atividade política.
Enríquez Ominami, de 36 anos, diz que sua candidatura "é a única capaz de derrotar Sebastián Piñera com ideias, convicções e sonhs"; Frei diz que "ouve a mensagem do povo com humildade".
"Não podemos deixar que as conquistas alcançadas se transformem em cinzas pela imprudência, a improvisação ou a cobiça", acrescentou, em clara alusão aos 20 anos da coalizão no poder depois do fim da ditadura de Augusto Pinochet.
Frei, de 67 anos, que foi presidente (1994-2000), aposta numa virada da tendência no segundo turno. Amplamente apoiada pela presidente Bachelet, sua candidatura não parece, no entanto, despertar maior entusiasmo.
O segundo turno será no dia 17 de janeiro.