postado em 11/12/2009 13:36
O DEM enviou quatro representantes para observar as eleições no Chile. Oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o DEM está convencido de que a eventual derrota de Michelle Bachelet, mesmo com 80% de popularidade, pode servir como uma espécie de lição para os partidos de oposição no Brasil. Para analistas políticos chilenos, não há transferência de votos de Bachelet para o candidato governista Eduardo Frei Ruiz.
Estão no Chile o ex-prefeito do Rio Cesar Maia - pai do presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ); os deputados Alceni Guerra, do Paraná, e Germano Bonow e Matteo Chiarelli, do Rio Grande do Sul. Todos estão sendo custeados pelo partido nos dias que passarão em Santiago.
%u201CEstas eleições têm muito a nos ensinar. O Chile tem um passado de violência e derramamento de sangue e agora pode fazer uma transição da esquerda para a direita sem traumas nem choques%u201D, disse Guerra. Para ele, %u201Cé muito interessante observar que a presidente Bachelet, com uma altíssima popularidade, pode sair derrotada%u201D.
Para os deputados Bonow e Chiarelli, as eleições no Chile devem ser observadas como uma lição. %u201CEstive nas eleições no Uruguai e vi como a população participa nas ruas e tem interesse pela política. Isso é do latino-americano. Mas aqui me espantou ver como são poucas as propagandas de rua%u201D, disse Bonow.
%u201CNa América Latina vivemos uma contradição perigosa que é o surgimento do não comprometimento com os valores democráticos e republicanos. Temos de estar atentos%u201D, afirmou Chiarelli.
A corrida eleitoral no Chile envolve o candidato da oposição Miguel Sebastián Piñeira, da coligação Alianza (centro-direita), o ex-presidente Eduardo Frei Ruiz, da coligação Concertación (de Bachelet), o independente Marco Enriquez-Ominami Gumucio e Jorge Arrate (Juntos Podemos Mais), ambos da esquerda.
Os cerca de 9 milhões de chilenos irão às urnas no próximo domingo (13). Mas, de acordo com pesquisas recentes de opinião, deve haver segundo turno em 17 de janeiro. O presidente eleito no Chile assume o governo em 11 de março de 2010.