Agência France-Presse
postado em 11/12/2009 15:32
Os jovens hispânicos residentes nos Estados Unidos estão otimistas sobre seu futuro e dão grande valor à educação, mas têm mais chances em comparação com outros jovens de abandonar a escola e se tornarem pais ainda na adolescência, segundo estudo divulgado nesta sexta-feira.
"Os dados mostram uma fotografia ambígua: os jovens hispânicos estão satisfeitos com suas vidas, são otimistas acerca de seu futuro e dão grande importância à educação", relata o Pew Hispanic Center em seu estudo, elaborado a partir de uma pesquisa e de várias estatísticas oficiais.
"No entanto, eles têm mais chance do que outros jovens americanos de abandonar a escola e se transformarem em pais adolescentes", explica o texto.
Dois terços dos jovens hispânicos de 16 a 25 anos (7,5 milhões) nasceram nos Estados Unidos, fruto da grande onda migratória da América Latina que começou em 1965. Mas, ao contrário de imigrantes anteriores, mais da metade (52%) diz se identificar mais com o país natal de seus pais.
Dos jovens entrevistados, 33% se definem primeiro como americano, e 20% aceitam o termo "hispânico" ou "latino".
Além disso, a pesquisa apurou que 41% destes jovens são bilíngues e 36% dominam o inglês melhor que o espanhol - o que contraria acusações feitas por grupos anti-imigrantes, que criticam os hispânicos por falta de interesse na integração social e por se fecharem em suas comunidades.
No lado negativo, as jovens hispânicas são as que mais chances têm de engravidar na adolescência. Uma em cada quatro se torna mãe antes dos 19 anos.
Ao todo, 31% dos jovens hispânicos conhecem alguém que já fez parte de uma gangue, e 23% vivem em uma casa pobre (13% entre os brancos e 28% entre os negros).
Apesar disso, 72% têm a esperança de viver uma vida melhor que a de seus pais.