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EUA e Brasil defendem salvo-conduto para Zelaya

postado em 14/12/2009 12:29
O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, reiterou a posição brasileira em defesa do salvo-conduto do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya. Segundo ele, esta também foi a posição defendida pelo governo norte-americano, manifestada nesta segunda-feira (14/12) durante a reunião que teve com o secretário-assistente de Estado para o Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos, responsável pela América Latina, Arturo Valenzuela. "O secretário se disse favorável ao salvo-conduto e afirmou que precisamos desbloquear essa situação", disse Garcia após a reunião. "Manifestamos nossa preocupação de que o episódio de Honduras não venha a estabelecer um precedente que desestabilize a democracia na região, particularmente na América Central, onde o processo democrático é mais recente", acrescentou. De acordo com Garcia, a instalação de bases aéreas norte-americanas na Colômbia também foi abordada durante a reunião. "Transmitimos a posição do governo brasileiro, de que as bases não são um fator positivo para a região. O governo norte-americano precisa ter um diálogo mais direto com os países da região, para eliminar inclusive a guerra de informações". Foram abordados ainda os esforços dos dois países para amenizar os problemas no Oriente Médio, em especial a questão da Palestina e do Irã. "A Palestina é uma questão que tem irradiação negativa muito grande sobre o conjunto da humanidade, incidindo de forma perigosa sobre cenários". Sobre o Irã, Garcia disse que os dois governos concordam quanto à necessidade de o país se submeter às normas da Agência Internacional de Energia Nuclear, visando ao uso pacífico desse tipo de energia. Garcia negou, novamente, que as relações com os EUA estivessem prejudicadas. "Eram boas já no governo Bush e tiveram um upgrade com o Barack Obama. É normal que os governos tenham apreciações distintas", afirmou, em referência às advertências da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, aos países da América Latina que buscam se relacionar de forma mais próxima com o Irã.

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