postado em 16/12/2009 07:00
Confira as ações do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nos últimos 11 meses, em relação à controversa prisão da Baía de Guantánamo, em Cuba:20 de janeiro ; Em seu primeiro dia como presidente dos Estados Unidos, Barack Obama pede a suspensão por 120 dias de todos os julgamentos dos detidos na prisão de Guantánamo, em Cuba.
21 de janeiro ; Os governos da Irlanda e da Suíça anunciam que consideram abrigar os prisioneiros do centro de detenção.
22 de janeiro ; Obama anuncia o fechamento da prisão de Guantánamo no prazo máximo de um ano
23 de janeiro ; O jornal The New York Times afirma que o ex-prisioneiro de Guantánamo Said Ali al Shihri virou chefe da Al Qaeda no Iêmen. No mesmo dia, a ONU diz que é preciso investigar irregularidades em Guantánamo.
24 de janeiro ; Pentágono expressa preocupação com a possibilidade de que os presos libertados possam voltar ao "campo de batalha".
4 de fevereiro ; O Parlamento Europeu aprova um apelo às nações do bloco para que aceitem receber prisioneiros de Guantánamo que reconhecidamente não ofereçam risco à sua segurança. O ex-vice-presidente Dick Cheney afirma que ações de Obama coloca os EUA "em risco".
14 de fevereiro ; O ex-guarda da prisão Brandon Neely afirma ter presenciado situações de "abuso e medo" em Guantánamo.
21 de fevereiro ; Um estudo conduzido por um almirante americano a mando do presidente Obama conclui que a prisão de Guantánamo respeita as Convenções de Genebra de proteção dos direitos dos prisioneiros de guerra.
24 de fevereiro ; Relatório do Departamento de Defesa recomenda que o regime de isolamento dos prisioneiros seja relaxado para que haja um maior "contato humano" entre os detentos.
25 de fevereiro ; Espanha diz que pode receber presos de Guantánamo
3 de março ; O Partido Republicano apresenta projeto de lei para evitar que os supostos terroristas detidos em Guantánamo entrem em território americano quando o presídio for fechado. O ministro brasileiro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, afirma que o país poderá receber ex-detentos de Guantánamo.
12 de março ; Representantes do Talibã no Afeganistão confirmam Abdullah Zakir, que esteve detido na prisão de Guantánamo se tornou um dos principais comandantes da milícia no sul do país.
19 de março ; O secretário de Justiça americano, Eric Holder, afirma que alguns dos prisioneiros podem ser soltos em solo americano.
31 de março ; O médico iemenita Ayman Saeed Batarfi, 38, preso na base americana desde maio de 2002, é absolvido das acusações de terrorismo e autorizado a buscar abrigo em outro país.
1; de abril ; Chávez diz que Venezuela pode receber presos de Guantánamo
3 de abril ; Os Estados Unidos pedem formalmente que os países da União Europeia (UE) recebam prisioneiros da base de Guantánamo. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirma que a França aceitará se o gesto facilitar o fechamento do centro de detenção.
16 de abril ; O presidente Obama anuncia a divulgação de quatro memorandos elaborados sob George W. Bush (2001-2009) que comprovam o endosso ao uso de táticas de interrogatório rigorosas contra supostos terroristas.
29 de abril ; O juiz espanhol Baltasar Garzón inicia investigações sobre acusações de tortura contra os militares americanos
15 de maio ; Obama anuncia a manutenção dos tribunais militares de exceção criados durante o governo de George W. Bush para julgar suspeitos de terrorismo presos em Guantánamo.
19 de maio ; Importantes senadores democratas ameaçam não vão fornecer os fundos pedidos por Obama para fechar a prisão até que o governo apresente um bom plano para transferir os detidos.
21 de maio ; Obama diz que os suspeitos de terrorismo podem ser transferidos para prisões de segurança máxima nos EUA, caso sejam condenados na corte federal americana.
1; de junho ; Militares americanos realizam a primeira sessão de um tribunal instalado na base militar de Guantánamo desde o início do governo Obama. Um juiz federal de Washington determina ao departamento de Justiça que publique os documentos que possui com acusações e provas contra uma centena de detidos em Guantánamo.
4 de junho ; A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprova, por maioria, uma emenda que proíbe a entrada no país dos detidos em Guantánamo.
12 de junho ; Sete detentos deixam Guantánamo, o maior número desde a promessa feita em janeiro pelo presidente de fechar o presídio.
15 de junho ; UE abandona condição e aceita receber presos de Guantánamo
18 de junho ; Congresso dos EUA permite entrada de presos de Guantánamo no país
29 de setembro ; Governo Obama escolhe 75 presos de Guantánamo para serem soltos
4 de outubro ; Sob pressão, Casa Branca minimiza questão do prazo para fechar Guantánamo
20 de outubro ; O Senado norte-americano aprova que a administração Barack Obama traga suspeitos de terrorismo para que sejam submetidos a julgamento comum nos EUA.
18 de novembro ; Obama admite pela primeira vez que não poderá fechar Guantánamo até janeiro de 2010
13 de novembro ; O assessor da Casa Branca Gregory Craig, que desempenhou um papel central nos esforços do governo norte-americano para fechar a prisão militar na Baía de Guantánamo, anuncia sua demissão.