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Sete meses de espera

postado em 19/12/2009 07:00
Confira a trajetória da indicação e confirmação dos embaixadores nos dois lados:

O processo no lado americano

  • 27 de maio
    O presidente Obama indica oficialmente o então subsecretário de Estado Thomas Shannon para ser o novo embaixador no Brasil.

  • 8 de julho
    Shannon é sabatinado no Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA. Perguntado sobre a possibilidade de remover as tarifas sobre o etanol brasileiro, o diplomata disse achar "benéfico" para os dois países. A resposta não agrada o senador republicano Chuck Grassley, de Iowa, estado produtor de milho (principal fonte do etanol americano), que vetou a confirmação de Shannon ao cargo.

  • 30 de julho
    Grassley resolve retirar sua objeção à nomeação de Shannon após receber uma carta do representante do Comércio, Ron Kirk, e da secretária de Estado, Hillary Clinton, assegurando a posição do governo de manter as tarifas sobre o etanol importado. O senador Jim DeMint (Carolina do Sul), contudo, segue com a sua alegação de impedimento a Shannon e Arturo Valenzuela, seu sucessor, como forma de contestar a política do governo americano para Honduras.

  • Fim de agosto
    O embaixador Clifford Sobel devolve suas credenciais de 53; embaixador norte-americano no Brasil. Desde então, está à frente a embaixada a encarregada de negócios, Lisa Kubiske.

  • 22 de outubro
    Os líderes do Senado recebem uma carta de nove ex-subsecretários de Estado para o Hemisfério lembrando a urgência de confirmar os nomes de Shannon e Valenzuela.

  • 6 de novembro
    O Senado americano aprova a indicação do nome de Valenzuela para o cargo de subsecretário para o continente americano horas depois de DeMint suspender de seu veto. Shannon, no entanto, recebe uma nova objeção, desta vez do senador republicano da Flórida George LeMieux, que defende que ele não teria sido duro o suficiente em relação ao governo cubano, enquanto esteve no cargo de subsecretário.

  • 17 de novembro
    LeMieux retira o veto a Shannon, alegando que a secretária de Estado, Hillary Clinton, assumiu "compromissos suficientes" de que as políticas dos Estados Unidos para a América Latina, em especial, Honduras e Cuba, enfocará em "metas e ideias democráticas".





O processo no lado brasileiro

  • Terceira semana de outubro
    O embaixador em Washington, Antônio Patriota, deixa os Estados Unidos para assumir como secretário-geral do Itamaraty. Há especulações de que seu substituto será o atual embaixador em Buenos Aires, Mauro Vieira.

  • 6 de novembro
    O Executivo envia ao Senado o nome de Vieira para apreciação.

  • 12 de novembro
    Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado aprova, com 18 votos, a indicação de Mauro Vieira para o cargo. O diplomata, que ainda está em Buenos Aires, já recebeu o agreement do governo americano, e sua ida para Washington só depende agora de despachos internos. A expectativa é que assuma o posto no início de janeiro.

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