Agência France-Presse
postado em 21/12/2009 10:06
JERUSALÉM - O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, acusado de corrupção, se declarou inocente nesta segunda-feira (21/12) no tribunal do distrito de Jerusalém. Olmert é acusado de fraude, abuso de confiança, utilização de falsificações e fraude fiscal. Ele pode ser condenado a prisão.
"Em nome de meu cliente, quero aproveitar esta oportunidade para negar categoricamente todas acusações contra ele", declarou o advogado Elie Zohar no reinício do processo.
No início do processo, em 25 de setembro, Olmert alegou inocência e se declarou convencido de que a corte "limparia qualquer suspeita". O processo constitui um fato sem precedentes na história do Estado de Israel para um-chefe de Governo.
O ex-premier do partido de centro Kadima, de 64 anos, renunciou ao cargo em 21 de setembro de 2008, depois que a polícia recomendou seu indiciamento no "caso Talansky". O caso é um escândalo de transferência ilegal de fundos da parte de Morris Talansky, empresário judeu americano, na época em que Olmert era prefeito de Jerusalém (1993-2003).
O segundo caso, "Rishontours", diz respeito a passagens de avião das quais Olmert obteve reembolso várias vezes em benefício próprio e de membros de sua família.
O terceiro caso é o da nomeação de amigos a cargos no Centro de Investimentos, um organismo oficial. Os casos aconteceram quando Olmert era prefeito de Jerusalém e depois ministro da Indústria e Comércio (2003-2006).