Agência France-Presse
postado em 22/12/2009 11:27
LONDRES - As nevascas provocaram nesta terça-feira (22/12) novas perturbações no transporte aéreo do Reino Unido, aumentando o caos causado nos últimos dias pela interrupção dos trens rápidos Eurostar entre Londres, Paris e Bruxelas, embora o serviço esteja sendo normalizado gradualmente.
Todos os principais aeroportos do país estavam abertos nesta terça-feira, mas os cancelamentos de voos se multiplicam.
A companhia britânica de baixo custo EasyJet cancelou 150 voos. No aeroporto de Luton, norte de Londres, fechado durante a noite, mas reaberto pela manhã, a Easyjet cancelou todos seus voos.
Sua concorrente irlandesa Ryanair e a companhia britânica British Airways advertiram contra o risco de atrasos devido a nevascas e baixas temperaturas.
A British Airways informou que a maior parte de seus voo operavam normalmente nesta terça, mas que havia alguns cancelamentos nos voos de curta distâncias.
A rede ferroviária também foi afetada pelas intempéries e os passageiros procedentes do sudoeste da Inglaterra chegavam a Londres com uma hora de atraso. Por outro lado, os trens Eurostar que ligam Paris e Londres reiniciaram sua viagem na manhã desta terça-feira entre as duas capitais, após quatro dias de paralisação do tráfego provocada pelo tempo ruim.
O tráfego dos Eurostar, interrompido na madrugada sábado, será restabelecido progressivamente, com o funcionamento de dois terços dos trens programados durante o dia. No total, 75 mil passageiros foram afetados pela interrupção nos dois países.
Apesar da retomada do tráfego, a empresa que administra a linha aconselhou os usuários a adiarem as viagens, caso as mesmas não sejam indispensáveis, para depois do Natal. Cinco trens ficaram bloqueados no túnel sob o Canal da Mancha na noite de sexta-feira com 2 mil pessoas a bordo. Alguns passageiros ficaram mais de 15 horas sem água ou alimentação, sob intenso frio, sem informações sobre a situação.
A companhia pública francesa de trens (SCNF), acionista majoritária do Eurostar com a britânica London and Continental Railways (LCR) e a belga (SCNB), tenta agora solucionar a crise.