Mundo

Passageiros prejudicados por quebra da Air Comet começam a embarcar

Agência France-Presse
postado em 23/12/2009 20:27
Os clientes da companhia aérea espanhola Air Comet, que parou de operar esta semana, começaram nesta quarta-feira a voar com o plano especial lançado pelo governo da Espanha para resgatá-los. Ao todo, 7.100 passageiros ficaram no chão com o fechamento da companhia - entre eles, cerca de 1.500 brasileiros. Nesta quarta-feira, aproximadamente 900 deles começaram a embarcar nos dois primeiros voos previstos no plano de contingência orquestrado pelo governo espanhol, informou o ministério dos Transportes da Espanha em um comunicado. Entre estes primeiros, 477 devem viajar em um avião da Espanha com destino a Buenos Aires às 21H00 horário local (20H00 GMT). Outros 390 embarcarão para Lima às 23H55 (22H55 GMT). Um terceiro voo com destino a Bogotá partirá às 01H30 (00H30 GMT) de quinta-feira, e um quarto para Quito, ainda sem horário definido. Os passageiros estão sendo escolhidos de acordo com critérios estabelecidos pelo ministério dos Transportes. "O primeiro (critério) são as pessoas que estão em trânsito, o segundo é a necessidade (da viagem), e o terceiro são as pessoas em trânsito que estão aceitando viajar antes do dia 26 de dezembro", explicou nesta quarta-feira a secretária dos Transportes, Concepción Gutiérrez. Segundo Gutiérrez, no entanto, este dispositivo de emergência - que custará 6,3 milhões de euros (8,9 milhões de dólares) - é destinado apenas aos passageiros imediatamente afetados pelo fim da Air Comet. "Se uma pessoa reservou seu bilhete para o verão, terá que entrar com uma reclamação econômica contra uma companhia que não cumpriu com suas obrigações", indicou a secretária. Dezenas de passageiros da Air Comet continuam no aeroporto de Barajas, em Madri, em busca de informações e esperando poder embarcar em um dos voos especiais bancados pelo governo espanhol. Um juiz britânico proibiu a Air Comet de voar em resposta a um processo judicial, apresentado pelo banco alemão Nord Bank, para o qual a companhia deixou de pagar os 25 milhões de dólares emprestados para o aluguel de aviões, o que precipitou seu fechamento. A empresa passava por uma grave crise, e seus funcionários estavam em greve para exigir o pagamento de salários atrasados.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação