WASHINGTON - A ministra americana da Segurança Interior, Janet Napolitano, afirmou nesta segunda-feira que quer saber como Umar Faruk Abdulmutallab pôde embarcar no avião com um visto americano, depois de o próprio pai do suspeito ter alertado as autoridades dos Estados Unidos sobre o processo de radicalização vivido por seu filho.
O pai do jovem nigeriano acusado de ter tentado detonar uma bomba sexta-feira em um avião entre Amsterdã e Detroit contactou as autoridades americanas em novembro para expressar preocupação com seu filho.
Em declarações à rede CNN, Napolitano disse que "todos nós queremos resposta" à seguinte pergunta: como o nigeriano pôde embarcar em um avião com destino aos Estados Unidos com um visto americano válido obtido em junho de 2008, apesar dos avisos do pai?
Esta pergunta "será integrada ao processo (de revisão)" das medidas tomadas para evitar que um passageiro perigoso possa viajar aos Estados Unidos "que começaremos a aplicar nos próximos dias sob a direção do presidente" Barack Obama, acrescentou a ministra.
Napolitano quer rever o sistema das listas que permite aos Estados Unidos proibirem indivíduos considerados perigosos viajar de avião.
Umar Faruk Abdulmutallab estava inscrito desde novembro em um amplo banco de dados oficiais chamado TIDE, que reúne 550.000 pessoas suspeitas de manter algum vínculo com o terrorismo. No entanto, ele não estava na lista das 4.000 pessoas proibidas de voar para os Estados Unidos, nem na das 14.000 mais vigiadas.
"Como transferir um nome deste amplo banco de dados à lista das pessoas proibidas de voar para os Estados Unidos? Alguma coisa não funcionou. Queremos resolver este problema", declarou Napolitano à CNN.