A população do Suriname se considera privilegiada por causa de várias conquistas sociais, das influências dos holandeses na região e do vínculo mantido até hoje com o governo dos Países Baixos. Cerca de 90% dos habitantes têm o ensino fundamental concluído e dispõem de infraestrutura básica e água tratada.
No último dia 24, véspera de Natal, segundo relatos de testemunhas, o conflito entre os chamados ;marrons; ou os quilombolas (mestiços de brancos com negros) teria sido provocado por demarcação de espaço. Os "marrons", descendentes de escravos (levados para lá nos séculos XVII e XVIII) vivem no interior do Suriname e exploram os garimpos e rechaçam os estrangeiros que tentam atuar nessa área.
Dos cerca de 15 mil brasileiros que estão no país vizinho, a maioria vive ilegalmente no Suriname e depende da exploração das minas, concorrendo com os chamados ;marrons;. A disputa, aliada à suspeita de que um brasileiro seria o responsável pela morte de um quilombola, teria sido o estopim do ataque a um grupo de 200 garimpeiros - 80 teriam sido feridos, entre os quais 14 brasileiros, e sete, mortos.
A população do Suriname é na sua maioria cristã, mas há um percentual elevado de hindus e muçulmanos. Pelo menos 380 mil surinameses vivem no exterior, segundo dados recentes ; a maioria nos Países Baixos.
O Suriname tem sétimo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da América do Sul, atrás de Argentina, Chile, Uruguai, Brasil, Venezuela e Colômbia. A expectativa de vida é de 73 anos. Os gastos públicos com saúde representam 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
Mas a economia do país é frágil e dependente da produção de bauxita, ouro e derivados de petróleo, que representam 85% das exportações e 25% do orçamento estatal. A mineração da bauxita representa aproximadamente 15% do PIB do país. É um país essencialmente importador de bens de consumo.
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