Agência France-Presse
postado em 29/12/2009 09:17
A China confirmou nesta terça-feira (29/12) a execução com uma injeção letal do cidadão britânico Akmal Shaikh, condenado à morte por tráfico de droga.
A família de Shaikh e pessoas que tiveram contato com ele nos últimos anos afirmaram que ele sofria de doença mental.
O britânico foi o primeiro europeu executado na China em 58 anos, apesar dos pedidos de clemência e das iniciativas diplomáticas de Londres.
A agência oficial Xinhua (Nova China) anunciou que a execução aconteceu nesta terça-feira em Urumqi, capital da região norteocidental de Xinjiang.
Mais cedo, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown havia anunciado, e condenado, a execução. "Condeno a execução de Akmal Shaikh com a máxima firmeza, estou escandalizado e decepcionado por nossos persistentes pedidos de clemência não terem sido atendidos", afirmou Brown em um comunicado.
[SAIBAMAIS]"Estou particularmente preocupado com o fato de que não tenha sido realizada nenhuma avaliação da saúde mental do condenado", acrescenta o premier, que apresentou condolências à familia e aos amigos de Akmal Shaikh.
O londrino, de 53 anos, pai de três filhos, foi condenado à morte por tráfico de drogas em 2008 e teve a pena confirmada no dia 21 de dezembro pelo Supremo Tribunal da China, de acordo com a Reprieve, uma ONG de ajuda jurídica com sede em Londres.
Shaikh foi detido em setembro de 2007 em Xinjiang com quatro quilos de heroína. A família afirma que criminosos se aproveitaram da vulnerabilidade psicológica do acusado para que transportasse a droga.
O governo da Grã-Bretanha pediu na segunda-feira à China que impedisse a execução do britânico. Dois primos de Shaikh se reuniram com ele na prisão e apresentaram um último recurso de clemência.