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Pai do nigeriano autor de atentado fracassado alertou a CIA sobre o filho

Agência France-Presse
postado em 30/12/2009 09:52
O pai do jovem nigeriano que tentou explodir um avião em pleno ar no dia de Natal havia alertado a CIA que seu filho era um militante radical, mas a informação não foi difundida, informou a imprensa norte-americana.

Uma fonte anônima ligada ao caso indicou ao canal CNN que um informe foi escrito depois de uma reunião entre o pai de Umar Faruk Abdulmutallab e um agente da CIA e que esse documento foi enviado à sede da agência em Virgínia, perto de Washington.

Segundo The Wall Street Journal, o pai do terrorista se reuniu com a CIA na embaixada americana em Abuja, capital da Nigéria, em 19 de novembro. Abdulmutallab, de 23 anos, tentou explodir um voo entre Amsterdã e Detroit, com 290 pessoas a bordo.

Mais cedo, a imprensa dos EUA revelou que o jovem participava com frequência de um foro islâmico na Internet e pregava a Guerra Santa (Jihad).

Abdulmutallab escrevia no www.gawaher.com sob o pseudônimo "Faruk1986", e fez 310 comentários, a partir de 2005, incluindo divagações sobre "como ocorrerá a grande Jihad", "como os muçulmanos vencerão" e "como dominarão o mundo inteiro e estabelecerão o maior império jamais visto".

O presidente norte-americano, Barack Obama, admitiu na terça-feira que o atentado frustrado expôs a fragilidade do sistema de segurança do país: "Houve uma combinação de falha humana e sistemática que considero totalmente inaceitáveis", disse Obama do Havaí, onde passa as férias de final de ano com a família.

"Precisamos aprender com este episódio e agir rapidamente para consertar as falhas de nosso sistema, porque nossa segurança está em jogo e vidas estão em jogo", acrescentou o presidente.

Obama destacou o fato de que o jovem nigeriano que tentou explodir o avião possui ligações com extremistas e mesmo assim conseguiu embarcar no voo para os Estados Unidos.

"Farei tudo que estiver ao meu alcance para ajudar os homens e mulheres que trabalham na inteligência, na justiça e na segurança interna para garantir que eles tenham à mão as ferramentas e recursos necessários para manter os Estados Unidos seguros", afirmou o presidente.

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