Agência France-Presse
postado em 02/01/2010 18:10
O governo do Iêmen enviou mais tropas às províncias do leste do país para perseguir os membros da rede terrorista Al-Qaeda, informaram neste sábado fontes da segurança, enquanto o comandante americano David Petraeus se encontrava com o presidente iemenita, Ali Abdallah Saleh, em Sanaa.
Forças do Exército foram enviadas às províncias orientais de Al-Bayda, Abyane e Chabwa, zonas de atividade da Al-Qaeda, onde há um elevado nível de alerta, segundo funcionários da Segurança em Mareb, no leste de Sanaa.
"Estas medidas fazem parte das operações de perseguição aos elementos da Al-Qaeda para prevenir qualquer tentativa de resposta aos ataques (contra a rede) e cercar os extremistas", destacaram as fontes.
As autoridades iemenitas afirmam que suas forças mataram mais de 60 militantes islâmicos suspeitos de pertencer à Al-Qaeda, em ataques realizados nos dias 17 e 24 de dezembro, contra o centro do país e a região de Sanaa.
A ação ocorreu quando o Iêmen pedia ajuda ao Ocidente para combater os "centenas" de militantes da Al-Qaida, de Osama bin Laden, instalados no território iemenita.
Paralelamente, o comandante das forças americanas no Iraque e no Afeganistão, general Petraeus, reafirmou ao presidente Saleh o apoio dos Estados Unidos ao Iêmen em seus esforços para combater o terrorismo, segundo a agência oficial iemenita Saba.
Petraeus levou a Saleh uma mensagem do presidente Barack Obama sobre a cooperação bilateral na luta contra o terrorismo e a pirataria, e felicitou o líder iemenita "por seu apoio às operações" lançadas recentemente contra a Al-Qaeda, que mostram a determinação do Iêmen de perseguir "elementos terroristas" e apoiar a comunidade internacional, assinalou a Saba.
Já o presidente iemenita agradeceu os Estados Unidos por sua ajuda e reafirmou a vontade de seu país de continuar cooperando na luta contra o terrorismo.
Barack Obama acusou neste sábado, pela primeira vez, o braço iemenita da rede Al-Qaeda de ter armado e treinado o jovem nigeriano que tentou explodir um avião de carreira americano que fazia o trajeto entre Amsterdã e Detroit, no Natal.
O atentado frustrado foi reivindicado pela Al-Qaeda na Península Arábica e Iêmen, que recebeu o nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab no território iemenita durante algumas semanas.