Agência France-Presse
postado em 04/01/2010 14:42
SARGODHA - Os cinco americanos detidos no Paquistão por supostas ligações com grupos islâmicos negaram nesta segunda-feira (4/1) na justiça qualquer projeto terrorista no país, afirmando que queriam apenas "ajudar os muçulmanos" do Afeganistão.
Todos eles têm dupla nacionalidade, sendo que dois têm a nacionalidade paquistanesa. Os cinco foram detidos no dia 9 de dezembro, e são acusados de ter procurado entrar em contato com organizações ligadas à Al-Qaeda para participar de atividades terroristas. Eles podem ser condenados à prisão perpétua.
Os cinco homens apareceram brevemente nesta segunda-feira em um tribunal de Sargodha, no leste do país, onde negaram qualquer vínculo com a Al-Qaeda. Eles alegaram que queriam ir para o Afeganistão.
"Eles disseram ao juiz que nunca cometeram nenhum crime no Paquistão nem pretendiam fazê-lo, e que queriam ir ao Afeganistão para ajudar os feridos e os desabrigados", declarou um advogado da defesa, Amir Abdullah Rokri. Os cinco homens também negaram ter enviado um e-mail a um homem chamado Saifullah, que seria ligado à Al-Qaeda.
No fim da audiência, a justiça determinou a manutenção da prisão preventiva dos cinco suspeitos, informou o procurador, Nadeem Akram Cheema.
A justiça também ordenou a libertação de Khalid Farooq, o pai paquistanês de um dos acusados, admitindo que ele tentou dissuadir os jovens de se juntar aos rebeldes islâmicos, acrescentou Cheema. A próxima audiência foi marcada para o dia 18, destacou Rokri.