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EUA: dois senadores democratas anunciam saída e fragilizam Obama

Agência France-Presse
postado em 06/01/2010 17:15

WASHINGTON - Dois senadores democratas decidiram não se candidatar às eleições de novembro de 2010, o que pode reduzir as chances do presidente Barack Obama de manter sua maioria de 60 cadeiras no Senado.

O influente senador de Connecticut (nordeste dos EUA) Christopher Dodd, 65 anos, presidente da comissão de bancos do Senado, anunciou nesta quarta-feira que não disputará um sexto mandato. "Depois de ter representado Connecticut por 35 anos no Congresso dos Estados Unidos, não serei candidato à reeleição em novembro", declarou o senador em sua casa de East Haddam (Connecticut).

De acordo com as pesquisas, a reeleição de Dodd parecia complicada, com a rica empresária republicana Linda McMahon como adversária. No entanto, é provável que outro candidato democrata consiga impedir que este Estado, onde Obama venceu com folga em novembro de 2008, caia nas mãos dos republicanos.

Dodd negou que sua decisão tenha sido motivada pelo medo de perder a eleição. "Chegou a hora de me aposentar", comentou.

Este anúncio representa um novo golpe para os democratas. Terça-feira, o senador de Dakota do Norte (norte dos EUA), Byron Dorgan, avisou que também não será candidato este ano.

Assim, o Estado, que votou no candidato republicano John McCain na eleição presidencial de 2008, poderia dar também um senador à oposição em novembro.

Christopher Dodd, eleito pela primeira vez ao Senado em 1980, foi um ator de primeiro plano na gestão da crise bancária e financeira nos Estados Unidos, quando o Congresso aprovou em outubro de 2008 um plano de resgate de 700 bilhões de dólares.

Ele também substituiu o senador Edward Kennedy, falecido em agosto passado, na direção dos debates na comissão de saúde do Senado sobre a reforma do setor proposta pelo presidente Obama.

Em comunicado publicado nesta quarta-feira, o líder da maioria democrata, Harry Reid, enalteceu a carreira parlamentar de Dodd, que "dedicou sua vida ao público e sempre esteve em primeira linha para fazer a diferença onde precisava".

Com 58 democratas e dois independentes, a maioria conta por enquanto com as 60 cadeiras que lhe permitem evitar qualquer tentativa de bloqueio dos republicanos.

O Senado dos Estados Unidos possui 100 cadeiras.

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