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Presidente eleito de Honduras busca apoio para evitar que crise contamine seu governo

postado em 06/01/2010 17:25
Prestes a assumir o governo de Honduras, o presidente eleito Porfírio ;Pepe; Lobo busca o apoio político para evitar a contaminação da crise na sua gestão. A tensão política em Honduras começou com o golpe de Estado, em 28 de junho, e até hoje continua sem solução. Em novembro, ;Pepe; Lobo foi eleito, mas o Brasil e outros países da região não reconhecem como legítimas as eleições.

Há três semanas de sua posse, ;Pepe; Lobo intensificou as negociações políticas. Segundo auxiliares, ele se reuniu com os presidentes da Guatemala, Álvaro Colom; de El Salvador, Maurício Funes, e do Panamá, Ricardo Martinelli. A interlocutores, o presidente eleito teria afirmado que quer conversar com os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Nicarágua, Daniel Ortega. O Brasil não foi mencionado.

Nesta semana está em Tegucigalpa, capital de Honduras, o subsecretário adjunto para o Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos, Craig Kelly, que tenta um acordo para o fim do impasse que já dura seis meses e meio.

O presidente de fato, Roberto Micheletti, tem dado inúmeras demonstrações de que não pretende renunciar antes do dia 27 ; data da posse de ;Pepe; - em favor do presidente deposto, Manuel Zelaya. A renúncia poderia facilitar o fim da crise e a busca por uma solução para um eventual acordo entre as partes.

Setores da Organização dos Estados Americanos (OEA) defendem que Micheletti renuncie para facilitar as negociações externas em favor de ;Pepe; Lobo.

Há cerca de quatro meses Zelaya, sua mulher e um grupo de correligionários estão instalados na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. O local é guardado por um forte esquema de segurança mantido pelo governo de Micheletti. O presidente deposto não pode deixar a representação diplomática sob ameaça de ser preso.

O apoio a Zelaya foi reiterado repetidas vezes pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus assessores. Os governos do Brasil, da Argentina, do Paraguai, da Venezuela e da Nicarágua resistem em reconhecer a legitimidade das eleições que deram a vitória a ;Pepe; Lobo.

Porém, os Estados Unidos, o Peru, o Panamá e a Costa Rica afirmam que o processo eleitoral transcorreu seguindo as normas e princípios democráticos e, portanto, deve haver o reconhecimento.

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