WASHINGTON - James von Brunn, o americano de 89 anos que matou um guarda do Museu do Holocausto de Washington, faleceu nesta quarta-feira na prisão, anunciou seu advogado, A. J. Kramer, sem especificar as causas exatas da morte.
No dia 10 de junho, às 13H00 locais, Brunn entrou no museu, localizado a 500 metros da Casa Branca, e abriu fogo quando o local estava cheio, ferindo gravemente o guarda Stephen Tyrone Johns, 39 anos, que não resistiu e morreu no hospital. Outros guardas atiraram então no octogenário, que foi internado em estado grave. No início de setembro, ele apareceu em um tribunal pedindo um julgamento rápido. "Sou cidadão americano e oficial da marinha, jurei proteger meu país", declarou então ao juiz federal.
A advogada do governo, Nicole Wade, afirmou naquela audiência que o crime de Brunn foi "premeditado". "Foi uma missão suicida", declarou, explicando que o atirador havia previsto morrer no local. Ela ainda lembrou que Brunn era membro de grupos racistas. Segundo a advogada, ele acreditava que o Holocausto era mentira.
Pouco antes dos fatos, o octogenário escrevera em um blog que "os Estados são o lixão racial do terceiro mudo, estúpido e arruinado". Segundo a ex-mulher dele, citada pela imprensa seu ódio pelos judeus e os negros "o devorava vivo, como um câncer".