BRASÍLIA - Pelo menos 11 capacetes azuis da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah) morreram no terremoto que devastou o país na noite de ontem, e outros sete estão desaparecidos, anunciou o Exército Brasileiro nesta quarta-feira, em uma nova estimativa sobre a tragédia.
Um balanço anterior mencionava quatro mortos, cinco feridos e um número indeterminado de desaparecidos entre os 1.266 militares brasileiros da Minustah.
Segundo a nova contagem do exército, sete militares brasileiros estão desaparecidos: quatro que estavam no quartel-general da Minustah e três sob os escombros de uma base de três andares que desabou.
A décima segunda vítima brasileira confirmada é a fundadora e coordenadora da Pastoral da Infância, Zilda Arns, conhecida defensora dos direitos humanos de 74 anos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua solidariedade com o povo haitiano e se disse "profundamente consternado pela tragédia que abalou este país, com o qual mantemos uma ligação fraterna através da Força de Paz da ONU liderada pelo Brasil".
"Estamos diante de uma tragédia de grandes proporções. A situação no Haiti é gravíssima e estamos, agora, avaliando as necessidades prioritárias para o povo haitiano", declarou mais cedo o chanceler brasileiro, Celso Amorim. Foram confirmados os óbitos de 10 (dez) militares do BRABATT: - 1; Tenente Bruno Ribeiro Mário; - 2; Sargento Davi Ramos de Lima; - 2; Sargento Leonardo de Castro Carvalho; - Cabo Douglas Pedrotti Neckel; - Cabo Washington Luis de Souza Seraphin - Soldado Tiago Anaya Detimermani; e - Soldado Antonio José Anacleto, todos do 5; Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lorena-SP. - Cabo Arí Dirceu Fernandes Júnior e - Soldado Kleber da Silva Santos; ambos do 2; Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Santos-SP. - Subtenente Raniel Batista De Camargos, do 37; Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lins-SP. Um militar da MINUSTAH: - Coronel Emilio Carlos Torres dos Santos, do Gabinete do Comandante do Exército, sediado em Brasília-DF.