O poder de destruição de um terremoto de magnitude 7 em área urbana equivale à explosão ao mesmo tempo de 30 bombas atômicas, como as lançadas em Hiroshima na Segunda Guerra Mundial. É o mesmo que 18 bilhões de quilos de explosivos detonados ao mesmo tempo. "O poder de 1 milhão de carretas carregadas de explosivos detonados simultaneamente", explica o geofísico e professor da Universidade de Brasília (UnB) João Wily. Especialista no assunto, ele é responsável pela estação sismológica de Pitinga, localizada na Amazônia, que foi a segunda da rede mundial fora do Haiti a registrar os inícios dos abalos em Porto Príncipe. Em menos de cinco minutos, a estação brasileira que fica a 2,5 mil Km de distância do epicentro, já registrava os picos dos tremores. Os dados captados foram usados no relatório de análise do fenômeno.
A previsão é que novos abalos ocorram na região nas próximos semanas. A estação na Amazônia já registrou mais de 30 tremores secundários na região afetada que variam na escala de 4 a 5,5. Considerados ainda com alto risco de destruição. A estação sismológica de Pitinga está ligada à Universidade de Brasília (UNB) e foi instalada em parceria à Organização das Nações Unidas (ONU).
O professor João Wily explica em entrevista ao Correio as causas do terromoto e o que vem por aí.