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Comunidade internacional promete dinheiro para reerguer Haiti

postado em 14/01/2010 19:59

São Paulo - Comovida pelas imagens das ruínas e do desespero provocados pelo terremoto que destruiu o Haiti , a comunidade internacional anunciou doações ao Haiti que ; em menos de três dias ; são mais do que 50% dos valores prometidos aos haitianos, em 2004, quando chegaram as tropas da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). Só o governo dos Estados Unidos e o Fundo Monetário Internacional (FMI) já avisaram que vão mandar US$ 200 milhões. Além disso, de todos os cantos do mundo chegam notícias do envio de ajuda humanitária.

;É um país em coma;, dizia o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, quando deixou o comando da missão, em 2005. Primeiro comandante da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah, na sigla em inglês), ele não chegou a completar vinte e quatro meses à frente do desafio. Sucumbiu não às balas dos inimigos, mas à visível indiferença dos países ricos em relação ao miserável país caribenho.

Um dos oficiais mais preparados e respeitados no Exército Brasileiro, o general Heleno não se conformava com o argumento dos países doadores ; França, Canadá, Estados Unidos e Comunidade Européia -, que condicionavam a liberação de recursos ao ;aumento da segurança; no país. E já naquela época afirmava que o Haiti não precisava da força das armas, mas de recursos capazes de dar alguma perspectiva de futuro, de desenvolvimento ao país. Cerca de 80% dos haitianos vivem abaixo da linha da pobreza, com menos de US$ 2,00 (nem quatro reais) por dia.

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