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ONU mantém esperança de encontrar sobreviventes no Haiti

As equipes de resgate da ONU continuam com esperanças de encontrar sobreviventes sob os escombros, quase cinco dias depois do terremoto que devastou o Haiti na terça-feira, anunciou neste domingo o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas. "A moral dos equipes de emergência continua sendo muito boa, apesar das dificuldades e das condições nas quais têm que trabalhar", afirmou a porta-voz da instituição, Elisabeth Byrs, em Genebra. "Os socorristas mantêm a determinação, já que é possível salvar vidas dos escombros. Não perdemos a esperança de encontrar outros sobreviventes", completou. "Continua existindo esperança. As condições são muito favoráveis. É excepcional, graças a Deus", destacou, ao explicar que o desabamento dos edifícios deixaram espaços para a sobrevivência. Mais de 40 equipes internacionais com 1.739 voluntários e 161 cães farejadores conseguiram encontrar até o momento 70 sobrviventes entre os escombros. Estas equipes já percorreram 60% das áreas mais afetadas pelo tremor de 7,0 graus na escala Richter, que teve epicentro a 17 km da capital Porto Príncipe e devastou grande parte do país. Um comunicado da ONU divulgado neste domingo com uma estimativa do número de mortes confirma os dados divulgados pelas autoridades haitianas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde consideran que o número de mortos está compreendido entre 40.000 e 50.000", afirma o documento sobre o Haiti assinado pelo Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU. Os números estão de acordo com o último balanço das autoridades haitianas, que registrava 50.000 mortos e 250.000 feridos, além de 1,5 milhão de desabrigados e mais de 25.000 corpos resgatados até o momento. A OMS em Genebra explicou que os números estão baseados nos dados fornecidos pela Cruz Vermelha do Haiti. "A OMS está a par de que a Cruz Vermelha haitiana calcula que entre 45.000 e 50.000 pessoas podem ter falecido", explicou à AFP o porta-voz da organização, Paul Garwood.