Agência France-Presse
postado em 19/01/2010 14:38
O Haiti, que já convive há tempos com a malária, viu aumentar sua incidência após o terremoto de 12 de janeiro, segundo uma avaliação britânica.
[SAIBAMAIS]"É altamente provável que a prevalência da malária aumente no rastro da catástrofe", explicou à Agência France Presse Fiona Place, do Instituto britânico de Análise de riscos Maplecroft.
"Os campos superpovoados, abrigos e facilidades sanitárias inadequados, serviços médicos sobrecarregados, sistemas de esgoto destruídos: todos esses fatores apresentam condições favoráveis ao desenvolvimento dos vetores da doença", destacou ela.
O uso improvisado da água da chuva a céu aberto facilita, ainda, a multiplicação dos mosquitos causadores da enfermidade, acrescentou.
No seu entender, conter a extensão da malária dependerá parcialmente da rapidez com a qual os organismos de ajuda possam fornecer mosquiteiros embebidos com inseticidas, além de oferecer cuidados básicos e distribuir medicamentos e provisões.
A disenteria, a rubéola, a tuberculose, a gripe e doenças como a dengue ameaçam a população haitiana, particularmente os grupos mais vulneráveis.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, pode-se estimar em 243 milhões o número de casos de malária em 2008 no mundo; 863.000 pessoas morreram. Oitenta e cinco por cento dessas mortes dizem respeito a crianças com menos de 5 anos.