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Obama critica a Suprema Corte por permitir doações eleitorais corporativas

Agência France-Presse
postado em 21/01/2010 18:19

WASHINGTON - O presidente Barack Obama questionou nesta quinta-feira a Suprema Corte por autorizar o financiamento livre por parte das empresas das campanhas eleitorais nacionais; e advertiu para uma "nova explosão" de dinheiro doado com duplas intenções fluindo para a política.

Mais cedo, por 5 votos a 4, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu autorizar as empresas a financiarem livremente as campanhas eleitorais no país.

A medida constitui uma verdadeira revolução na lei eleitoral americana, que limitava este direito há 20 anos.

Assim, a mais alta jurisdição dos Estados Unidos derrubou a regra que prevalecia há duas décadas, que proibia às empresas privadas financiarem campanhas em favor de um ou outro candidato.

Elas só podiam desbloquear fundos através de um "comitê de ação política" especialmente criado para este fim.

A Suprema Corte também decidiu que se uma propaganda eleitoral não for financiada pelo próprio candidato ou por seu partido, o nome do patrocinador deverá aparecer claramente.

Contra a opinião do governo de Barack Obama, que defendia a antiga lei eleitoral, os nove integrantes da Suprema Corte estimaram que a supressão destes limites ao financiamento de campanhas eleitorais pelas empresas não aumenta o risco de corrupção.

Eles também rejeitaram o argumento segundo o qual os acionistas podem acabar dando dinheiro para defender posições políticas que não compartilham, considerando que este risco já existia antes da nova lei.

"É uma grande vitória para os grandes industriais do petróleo, os bancos e WallStreet, para as seguradoras da saúde e todos os poderosos interesses que maquinam seu poder diariamente em Washington para fazer calar as vozes dos americanos comuns", disse.

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