GENEBRA - As organizações de ajuda humanitária atuando no Haiti cumpriram sua missão, afirmou nesta sexta-feira (22/1) um porta-voz da ONU, rebatendo críticas sobre a rapidez e a coordenação das operações de socorro sob a égide das Nações Unidas.
"É verdade que algumas pessoas não receberam ajuda a tempo. Isso requer tempo, porque as Nações Unidas são uma grande organização e a ajuda internacional requer enorme coordenação", ponderou Elisabeth Byrs, porta-voz em Genebra do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).
"No entanto, acredito que ninguém falhou (em sua missão). E a ONU, a comunidade humanitária em geral e a população fizeram todo o possível para salvar o maior número de vidas", indicou.
"Nenhum profissional pode dizer que não era uma operação complicada", estimou Byrs. "Posso garantir a vocês que toda a comunidade humanitária está profundamente ferida por estas críticas, já que ninguém falhou e todos lutaram trabalhando contra o tempo".
Segundo a Cruz Vermelha, que o terremoto no Haiti provocou uma das maiores operações de ajuda humanitária de urgência da história, mobilizando mais socorristas que o tsunami de 2004 na Ásia.
"É atualmente a maior mobilização de equipes de socorro de urgência da história da Cruz Vermelha", indicou Matthew Cochrane, porta-voz da Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICR).
O presidente haitiano, René Préval, que na semana passada reclamou de problemas de coordenação na distribuição da ajuda humanitária, disse na quinta-feira que seu governo começa a retomar as operações. Quase toda a infraestrutura administrativa ficou destruída depois do terremoto do dia 12 de janeiro.