ESTRASBURGO - A Organização Mundial de Saúde (OMS) negou nesta segunda-feira (25) ante o Conselho da Europa que tenha sido influenciada por empresas farmacêuticas a declarar a pandemia da gripe H1N1.
O assessor especial da OMS para as pandemias gripais, Keiji Fukuda, afirmou que a agência da ONU "não foi influenciada pelos laboratórios" e lembrou que os especialistas consultados "devem fazer uma declaração relativa aos seus interesses particulares".
"Trata-se de pandemia formalmente estabelecida, que não acabou já que o vírus está presente no mundo inteiro", afirmou à Comissão de Saúde da Assembleia do Conselho da Europa.
"Um comitê de especialistas dos oito países mais afetados, selecionados por suas competências individuais, estimou por unanimidade que existiam todos os critérios para declarar a pandemia", em junho, acrescentou.
O epidemiologista alemão Wolfgang Wodarg acusou a OMS de exagerar sobre a ameaça de gripe classificando-a de pandemia por causa da pressão de indústrias farmacêuticas.
A gripe H1N1 matou pelo menos 14.142 pessoas no mundo desde sua aparição entre março e abril no continente americano, segundo o último balanço divulgado pela OMS.