GUATEMALA - O ex-presidente guatemalteco Alfonso Portillo (2000-2004), exigido em extradição pela justiça dos Estados Unidos, que o acusa de lavagem de dinheiro, afirmou nesta terça-feira (26/1), minutos depois de ter sido capturado, que existe uma conspiração contra ele.
"Isto foi uma perseguição que começou antes da minha posse. Quando estiver nos tribunais vou dizer os nomes de quem forjou a conspiração contra mim, com tudo o que fizeram, onde se reuniram (...)", afirmou o ex-presidente à rádio local Sonora, em entrevista telefônica.
Portillo é acusado pela justiça americana de utilizar bancos do país para lavar "dezenas de milhões" de dólares que, supostamente, foram roubados do tesouro guatemalteco quando era presidente.
Portillo também disse que tem medo de ser assassinado. "Com tudo o que fizeram comigo na Guatelama qualquer coisa pode acontecer", afirmou, acrescentando, no entanto, que tem fé na justiça.
Portillo foi preso ao meio-dia desta terça-feira em Punta de Palma, um centro turístico localizado em Izabal, ao noroeste do país, após as tentativas da Polícia no último fim de semana para capturá-lo falharem.
O ex-presidente guatemalteco é procurado pela justiça norte-americana que o acusa de lavar "dezenas de milhões de dólares" de fundos públicos guatemaltecos durante sua administração, entre 2000 e 2004.
"Eu estava em uma casa de Punta de Palma, chegaram, tocaram, perguntaram por mim, saí, me entreguei e ponto", disse Portillo, explicando que "estava esperando melhores condições" para se apresentar à justiça guatemalteca.