PORTO PRÍNCIPE - O tempo de urgência médica no Haiti após o terremoto do dia 12 de janeiro, durará "provavelmente dois ou três meses", estimou nesta terça-feira (26/1) Chris Jobe, chefe dos cirurgiões estrangeiros que operam em um grande hospital de Porto Príncipe.
As necessidades do pós-operatório dos feridos poderiam superar esse prazo, acrescentou Jobe, diretor do setor de cirurgia ortopédica da Universidade de Loma, na Califórnia.
"São necessários seis meses para cicatrizar o fêmur", falou o médico, que coordena três equipes de cirurgiões estrangeiros (dos Estados Unidos, África do Sul, México e República Dominicana) e que operam simultaneamente 72 horas seguidas no hospital adventista de Diquini, a oeste de Porto Príncipe.
"Recebemos 150 pacientes ontem e 30 eram potenciais casos cirúrgicos", explicou.
No hospital, que recebeu 2.700 vítimas desde o terremoto, trabalham também 25 equipes de médicos franceses.
Ouvido sobre a capacidade norte-americana de manter esse volume de atividade em Diquini, o embaixador norte-americano, Kenneth Merten, que visitou o hospital juto com o embaixador francês Didier Le Bret, assegurou que será feito "o máximo para ajudar o Haiti".