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Bento XVI recorda a libertação de Auschwitz e denuncia a crueldade nazista

Agência France-Presse
postado em 27/01/2010 10:59
O Papa Bento XVI denunciou a crueldade inacreditável dos campos de extermínio da Alemanha nazista em seu discurso durante a audiência-geral desta quarta-feira (27/01), dia do 65º aniversário da libertação do campo de Auschwitz-Birkenau. [SAIBAMAIS]"A libertação de Auschwitz e os testemunhos dos sobreviventes revelaram o horror dos crimes cometidos nos campos de extermínio criados pela Alemanha nazista", declarou o Papa dirigindo-se aos peregrinos alemães presentes. Falando em seu idioma materno, o Papa afirmou que "o horror nazista recorda o respeito pela vida". O Sumo Pontífice revelou que o "Dia da Memória", celebrado nesta quarta, é dedicado a "todas as vítimas desses crimes, especialmente o da aniquilação planejada dos judeus", e prestou homenagem a "quem, colocando em perigo sua própria vida, protegeu os que eram perseguidos". "Com emoção, pensamos nas inúmeras vítimas de um ódio racial e religioso cego, que sofreram a deportação, a prisão, a morte nesses lugares aberrantes e desumanos", afirmou. "Esses fatos, em particular o drama do Holocausto, que atingiu o povo judeu, incitam a um respeito cada vez mais decidido pela dignidade de toda pessoa, para que os homens se percebam como uma única grande família". Mais de 1,1 milhão de homens, mulheres e crianças, entre os quais um milhão de judeus em toda a Europa, morreram no campo de Auschwitz, instalado em 1940 na Polônia ocupada e libertado em 27 de janeiro de 1945 pelo exército soviético. O dia de hoje foi designado o Dia Internacional de Comemoração das Vítimas do Holocausto pelas Nações Unidas em 2005.

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