postado em 27/01/2010 11:05
Pelo menos dez pessoas já morreram no Peru, entre elas uma turista argentina e um guia turístico peruano, em consequência da chuva e das enchentes que afetam a Região Sul do país desde o último sábado (23/01). Cálculos do governo peruano estimam que no total são aproximadamente 10 mil vítimas. Dois mil turistas ficaram isolados - cerca de 120 são brasileiros. O objetivo das autoridades peruanas é retirar mais 800 turistas que estão isolados.
[SAIBAMAIS]O governo do Peru liberou como medida de urgência US$ 5,8 milhões para implementação de ações sociais e recuperação de áreas agrícolas atingidas. A situação mais grave é na região de Cuzco próxima ao sítio arqueológico de Machu Pichu - um dos principais cartões postais do país. A perda diária na região turística é US$ 1 milhão. As autoridades estimam que 13 províncias foram atingidas, a maioria áreas agrícolas.
Até a manhã de hoje (27/01) quatro brasileiros já teriam deixado a região. O embaixador do Brasil em Lima (capital peruana), Jorge Taunay Filho, afirmou à Agência Brasil que não há mortos nem feridos entre os brasileiros ilhados em Machu Pichu.
Pelas estimativas do governo do Peru, um grupo de 475 pessoas (turistas que estavam na região de Cuzco) já foi retirado do local. Inicialmente a prioridade foi dada a crianças, idosos e doentes. Os Estados Unidos enviaram helicópteros para serem agregados ao apoio ao governo peruano. Apenas helicópteros chegam às regiões afetadas.
Ontem (26) o primeiro-ministro peruano, Javier Velásquez Quesquém, se reuniu com autoridades federais e municipais para definir as providências. O embaixador brasileiro afirmou que estava sendo informado sobre as medidas e disse que pediu prioridade aos turistas do Brasil. Paralelamente o diplomata montou um gabinete de gestão da crise para administrar o assunto e enviou dois funcionários do Itamaraty para a região de Cuzco.
Nos últimos três dias, as chuvas que transbordaram os rios Vilcanota e Blanco provocaram duas mortes, causaram inundações em cerca de 50 casas da região e destruíram centenas de plantações de milho. As ruínas de diversos sítios arqueológicos já sofreram danos, mas o governo do Peru ainda não detalhou as perdas.