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Após suspensão de canais a cabo, França reitera à Venezuela seu "apego ao pluralismo"

Agência France-Presse
postado em 27/01/2010 15:12
A França respondeu nesta quarta-feira à Venezuela que o objetivo da declaração feita na segunda-feira, na qual expressou "preocupação" com a decisão de Caracas de suspender a transmissão de várias redes de televisão a cabo, era lembrar o "apego ao pluralismo da informação". [SAIBAMAIS]"O único objetivo de nossa declaração era lembrar nosso apego ao pluralismo da informação", indicou nesta quarta-feira o porta-voz do ministério de Relações Exteriores francês, Bernard Valero. Em uma breve resposta à imprensa, o porta-voz disse que a "França mantém com a Venezuela uma colaboração antiga e de qualidade". "Queremos continuá-la e desenvolvê-la", acrescentou a mesma fonte ouvida sobre a exigência imposta pelo governo venezuelano à França para "retificar prontamente sua posição". As autoridades venezuelanas advertiram que a declaração francesa "poderia conduzir o Governo da República Bolivariana da Venezuela a revisar suas relações com a França". "Esperamos energicamente que as autoridades venezuelanas voltem atrás rapidamente em sua decisão" de suspender a transmissão de várias redes de televisão a cabo, disse na segunda-feira o mesmo porta-voz francês. Valero expressou a "preocupação" do governo francês de sustentar a idéia de que "o pluralismo da informação é um dos elementos constitucionais da liberdade de imprensa, essencial para o bom funcionamento de um regime democrático". "Chamamos as autoridades venezuelanas a garantir plenamente (o pluralismo informativo), a cuidar para que ele ocorra e a se adequar aos compromissos internacionais no âmbito das liberdades fundamentais e dos direitos humanos", disse o porta-voz da chancelaria francesa. O governo venezuelano qualificou em comunicado essas declarações de "erradas", "inaceitáveis" e "repudiáveis", e o presidente venezuelano Hugo Chávez disse que não entendia "por que o governo de (Nicolas) Sarkozy tem que se meter em coisas internas, que além de tudo, estão na lei".

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