postado em 28/01/2010 16:23
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta sexta-feira (28/01) que é preocupante a onda de protestos em cidades venezuelanas, além da renúncia de diversos assessores diretos do presidente Hugo Chávez. No entanto, o chanceler disse acreditar é passageiro o momento de instabilidade no país vizinho. Amorim participa em Davos do 40; Fórum Econômico Mundial. [SAIBAMAIS]Segundo ele, a tendência é que a situação seja normalizada em breve, uma vez que. no segundo semestre deste ano, serão realizadas eleições legislativas na Venezuela.;Claro que qualquer sinal de possível instabilidade pode ser [preocupante]. Mas acho que as coisas vão se estabilizar;, disse Amorim. ;Eles [os venezuelanos] têm eleições em breve [no segundo semestre do ano] e isso [clima de instabilidade] pode se resolver.;
Nos últimos dias, vários protestos, organizados por universitários, jornalistas, professores e entidades civis, ocorreram nas principais cidades da Venezuela ; a começar pela capital, Caracas. Pelos dados oficiais, duas pessoas morreram e 11 ficaram feridas. Os manifestantes denunciam agressões das autoridades de segurança.
Os protestos começaram depois de suspenso o sinal da emissora independente RCTV, uma das mais populares do país. Desde 2007, o governo venezuelano não renova a concessão da emissora e a programação passou a ser transmitida via Miami (Estados Unidos). Anteriormente, tinha sido suspenso o sinal de cinco emissoras.
O governo Chávez argumenta que as redes de televisão desobedeceram regras sobre a programação, mas dirigentes das empresas afirmam que a decisão foi política. No caso da RCTV, a emissora não teria transmitido a íntegra de um discurso do presidente da República.
A onda de protestos ocorre no momento que o vice-presidente, ministros e até o presidente do Banco Central renunciaram aos cargos. No começo desta semana, deixaram o governo Chávez, alegando problemas pessoais, o vice-presidente e ministro da Defesa, Ramón Carrizalez, e a mulher, a ministra Yubirí Ortega.
Depois, o presidente do Banco Central da Venezuela, Eugenio Vazquez Orellana, também renunciou. Anteontem, de madrugada, Chávez anunciou os nomes dos substitutos que são pessoas da sua confiança, mas a presidência do Banco Central continua vaga.