Mundo

Amorim minimiza veto à entrada de diplomata brasileira em Honduras

postado em 30/01/2010 11:22
Davos (Suíça) e Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, tentou hoje minimizar o veto à entrada da vice-cônsul do Brasil em Honduras, Francisca Francinete de Melo, ocorrido na tarde de ontem em Tegucigalpa. Segundo ele, foi um "equívoco" e "mal-entendido". O responsável por barrar a diplomata no aeroporto da capital, o diretor de Imigração, Willy Mejía, teria sido demitido por ordens do presidente hondurenho, Porfírio "Pepe" Lobo Sosa. "Isso foi certamente um equívoco e um mal-entendido. Quando eu tomei conhecimento, o problema já estava até resolvido. Fui informado de que ela [a vice-côncul] vai poder entrar. Inclusive tenho informação [baseado em jornais] de que até o diretor de imigração havia sido demitido", informou o chanceler em entrevista exclusiva à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta manhã. Em Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, o ministro Celso Amorim acrescentou que: "É um problema superado e um resquício de um regime que já terminou". O veto à entrada da diplomata no país vizinho teria ocorrido em decorrência do rompimento das relações política entre Brasil e Honduras após o golpe de Estado - de 28 de junho de 2009. Perguntado se o impedido ao ingresso da diplomata pode atrapalhar as relações com o governo de "Pepe" Lobo - empossado no último dia 27 -, Amorim afastou a hipótese. "Ao contrário, pelo que eu entendo, houve preocupação do governo do atual presidente de resolver imediatamente e [também de] tentar demonstrar que foi um mal-entendido", disse ele. Por 126 dias, a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa (capital de Honduras) abrigou o presidente deposto, Manuel Zelaya, e seus correligionários. Com a posse de "Pepe" Lobo, ele deixou a embaixada em direção à República Dominicana onde permanece como "hóspede" do governo do presidente Leonel Fernández. Amorim participa hoje, em Davos, de uma reunião informal de ministros dos países que integram a Organização Mundial do Comércio (OMC). O encontro vai tratar da Rodada Doha - que reúne os países mais ricos do mundo e os desenvolvimento para a discussão sobre as possibilidades existentes para redução das barreiras comerciais. A reunião foi pedida pelo governo da Suíça.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação