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Anistia Internacional condena repressão e pede respeito à liberdade de expressão na Venezuela

postado em 30/01/2010 18:02
A Anistia Internacional publicou nota condenando as ações do governo da Venezuela em reação às manifestações ocorridas no país e apelou por respeito à liberdade de expressão. Em comunicado divulgado no seu site em espanhol, a organização não governamental pediu ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, que tome providências contra supostos abusos atribuídos às autoridades policiais. Desde o fim de semana passado, várias manifestações são realizadas nas principais cidades do país. Para a Anistia Internacional, o momento político na Venezuela é preocupante e indica a %u201Cdeterioração da liberdade de expressão%u201D. Para a organização, é essencial o respeito aos direitos dos cidadãos. %u201CAs autoridades devem condenar inequivocamente esses abusos graves imediatamente e garantir que a polícia só venha a intervir para proteger a integridade da vida de todas as pessoas que pretendem exercer o seu direito legítimo à reunião%u201D, diz a nota. Dados preliminares indicam que houve pelo menos dois mortos e 11 feridos graves em decorrência das manifestações realizadas na Venezuela. Os manifestantes reagem à decisão do governo de suspender os sinais de transmissão de seis canais de televisão, incluindo a RCTV %u2013 uma das mais populares do país. A onda de protestos ocorre no momento em que o governo Chávez passa por baixas entre seus assessores %u2013 o vice-presidente da República, que também era ministro da Defesa, a ministra do Meio Ambiente e o presidente do Banco Central renunciaram aos cargos %u2013 e uma crise de falta de energia, de água e de alguns produtos alimentícios. Mas, de acordo com a Anistia Internacional, os protestos ocorridos ao longo desta semana não são um episódio isolado. De acordo com a organização, nos últimos 13 meses aumentou o número de manifestações contra o governo Chávez. No total, segundo o órgão, 600 pessoas teriam ficado feridas e nove teriam morrido.

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