Agência France-Presse
postado em 30/01/2010 18:33
O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, acaba de reintegrar neste sábado em seu posto o diretor de Imigração, o general da reserva Nelson Willy Mejía, despedido um dia antes porque, presumivelmente, teria barrado o ingresso no país da vice-cônsul do Brasil, Francisca Francinetti de Mello, informou o próprio presidente.
Porfirio Lobo afirmou que não foi o militar quem impediu a entrada da diplomata brasileira, mas não deu detalhes.
"O general reassumiu suas funções e estará sujeito, logicamente, a uma investigação", acrescentou.
Lobo explicou que "a vice-cônsul do Brasil chegou a desembarcar no aeroporto de Tegucigalpa (na sexta), não tendo sido permitido seu ingresso no país - uma situação contrária à política de seu governo, de abertura e de normalização das relações com todos os países irmãos".
"No aeroporto internacional Toncontín, oficiais da Imigração não a deixaram ingressar em Tegucigalpa, foi praticamente deportada do país", por ter tido o visto recusado pelo governo anterior de Roberto Micheletti, havia informado, antes, o ministro do Governo, Africo Madrid.
O presidente Porfírio Lobo, que assumiu na quarta-feira a presidência de Honduras no lugar do mandatário de fato Roberto Micheletti, procura recompor as relações com a comunidade internacional, que excluiu Honduras depois do golpe de Estado contra Manuel Zelaya em 28 de junho do ano passado.
Zelaya esteve refugiado na embaixada do Brasil a partir de 21 de setembro, depois de ingressar clandestinamente no país, e até 27 de janeiro, quando partiu para o exílio na República Dominicana.