Agência France-Presse
postado em 31/01/2010 11:04
O governo do Iêmen rejeitou neste domingo (31/01) a oferta de paz dos rebeldes xiitas porque não inclui o compromisso de não agredir a Arábia Saudita, informou uma fonte governamental.
O chefe dos rebeldes, Abdel Malek al Huthi, anunciou em uma mensagem de áudio, difundida na véspera, que renovava sua aceitação dos cinco pontos da proposta do governo para pôr fim ao conflito.
O ministério iemenita da Defesa anunciou em seu site neste domingo que 24 rebeldes xiitas, entre eles um chefe local, morreram em enfrentamentos com o exército no norte do país horas depois do anúncio da oferta de paz dos insurgentes.
A declaração de Al Huthi foi feita cinco dias depois do anúncio da retirada de seus combatentes do território saudita, depois de três meses de enfrentamentos com o exercito da Arábia Saudita.
O governo exige para pôr fim ao conflito que se respeite o cessar-fogo e a abertura das estradas, a evacuação dos prédios públicos ocupados e a restituição de equipamentos militares, assim como a libertação de civis e militares detidos.
Os rebeldes zaiditas, surgidos de uma facção do xiismo, acusam o poder de não reconhecer sua identidade. Sanaa desmente e acusa setores iranianos de apoiar a rebelião.
As guerras sucessivas entre o exército e os rebeldes causaram milhares de mortos e deslocamento de 200.000 pessoas, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).