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52 militares brasileiros que retornaram da Missão de Paz no Haiti são recebidos em Brasília

postado em 31/01/2010 19:49
Militares durante solenidade de recepção realizada neste domingo  no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília Pais, irmãos, filhos e esposas não esconderam a emoção ao receber os 52 militares brasileiros que retornaram da Missão de Paz no Haiti, na tarde deste domingo (31/1). Autoridades e familiares participaram da recepção que aconteceu no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, no Setor Militar Urbano. Na solenidade, foram prestadas as honras aos brasileiros que estavam no Haiti, desde junho do ano passado. Comandante da missão, o coronel Fernandes Pires relatou que no dia do terremoto o desespero foi grande. "A base onde estávamos sacudiu muito, mas não desmoronou. Passamos por um racionamento de água e só conseguimos receber alimento três dias depois do terremoto. Foi muito chocante ver o estado miserável em que ficou a população". Mesmo num contexto de contingências, segundo o comandante, a missão conseguiu prestar primeiros socorros, distribuir alimentação e água, além de prover segurança à população. Capitão Daniel Moura com sua noiva Lívia da Silveira (D) e a sua sogra Olindina Escobar (E) Mãe do tenente Guilherme Dantas, 28 anos, a professora Maria Teresa Rodrigues dos Santos, 55 anos, veio de São Paulo para abraçar o filho que deveria voltar ao Brasil no dia da tragédia, 12 de janeiro. "Foi um momento angustiante junto a outros familiares, porque existia uma lista oficial. Só consegui falar com ele, três dias depois do terremoto. Apesar de todo risco que meu filho correu, foi muito gratificante saber que no dia do aniversário dele (15/1), ele estava salvando vidas", orgulha-se. Tenente Guilherme Dantas (D), com o coronel da PM João Batista (E) e a mãe Maria Teresa (C) A mesma apreensão tomou conta da administradora Lívia Cunha da Silveira, 26 anos, noiva do capitão Daniel Moura, 32 anos. Com casamento marcado para 22 de fevereiro, Lívia veio de Goiânia para ver o futuro marido. "A gente sabe da importância da missão, mas fica com o coração na boca. Ele me disse que era muito triste ver pessoas mortas e centímetros de distância. Tudo aquilo marcou muito. Hoje, com certeza, ele e todos os outros serão novas pessoas". Depois do retorno, a previsão é de que os militares fiquem em quarentena, aproveitem esse momento com a família e estejam a postos para novas missões.

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