Agência France-Presse
postado em 10/02/2010 16:29
O Irã comemora nesta quinta-feira (11/2) o 31º aniversário da Revolução Islâmica em clima de alta tensão, com cerimônias oficiais que podem ser perturbadas por manifestações da oposição e com um governo submetido a fortes pressões internacionais por causa de sua política nuclear.
A adoção de novas sanções pode agravar a situação econômica do país, afundado em uma crise política desde a reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad em julho de 2009, em uma das eleições qualificadas de fraudulentas pela oposição.
O governo anunciou que não tolerará vozes dissidentes nas manifestações de 11 de fevereiro, destinadas tradicionalmente a mostrar a força e a popularidade do regime islâmico. Em função disso, as autoridades iranianas comunicaram aos jornalistas que trabalham para os meios de comunicação estrangeiros que eles não poderão cobrir os desfiles comemorativos. A imprensa estrangeira está autorizada a cobrir apenas o discurso pronunciado pelo presidente Mahmud Ahmadinejad de manhã na grande praça de Azadi (Liberdade), no sudoeste de Teerã. Entretanto, os jornalistas não poderão seguir os sete desfiles, que passarão pelas avenidas da capital desde a praça de Azadi.