postado em 12/02/2010 17:00
Brasília ; O Congresso Nacional do Paraguai aprovou um plano nacional de emergência para tentar conter o agravamento da crise energética no país. Nos últimos dias, houve desabastecimento de água potável e falta de luz na capital, Assunção. O plano autoriza a Administração Nacional de Eletricidade (Ande) a alugar geradores que darão suporte aos já existentes, que foram considerados insuficientes para a atual demanda.O aumento da tensão em torno da crise provocou uma sessão extraordinária dos parlamentares. O Congresso Nacional do Paraguai está em recesso legislativo até o final do mês, mas o presidente do
Comitê Permanente da Casa, senador Oscar Gonzalez Daher, convocou os deputados e senadores para analisar a questão.
Na sessão, os parlamentares aprovaram a liberação de US$ 158 milhões para aluguel dos geradores e apoio de áreas específicas da Hidrelétrica de Itaipu. Eles decidiram ainda criar comissão bicameral ; formada por deputados e senadores ; para monitorar a execução das providências
definidas pelo plano.
A iniciativa do Congresso foi provocada pelo desabastecimento de água potável, no período de verão, e pela falta de energia em várias áreas da capital. Para autoridades do governo do paraguaio,
a crise foi causada pela má gestão do setor nos governos anteriores ao do presidente Fernando Lugo. No entanto, os críticos afirmam que o governo, supostamente consciente desses erros, não teria tomado as providências devidas.
A crise se agravou no momento em que Lugo é alvo de manifestações de agricultores e sem- terra em Assunção. Com uma base política frágil e fragmentada, o presidente paraguaio é cobrado por promessas de campanha que supostamente não cumpriu.
O Paraguai é o segundo país latino-americano a anunciar medidas de emergência contra o agravamento de crise energética. O primeiro foi a Venezuela. Com a energia racionada em todo país, o presidente Hugo Chávez apelou para os governos vizinhos para a elaboração de um plano para conter a tensão.