Agência France-Presse
postado em 13/02/2010 09:02
O presidente norte-americano Barack Obama anunciou neste sábado novos cortes de gastos, advertindo que é preciso manter sob controle o elevado déficit orçamentário para permitir que o país avance.
"Assim como temos feito investimentos críticos para gerar empregos hoje e os fundamentos para o crescimento amanhã - reduzindo impostos às pequenas empresas, investindo em educação, promovendo a energia limpa e modernizando nossas estradas e ferrovias - temos que continuar examinando o orçamento linha por linha, buscando uma forma de economizar", disse Obama em sua mensagem de rádio semanal.
"Temos que cortar onde podemos, para termos o que precisamos", indicou o mandatário. O governo admitiu este mês que o déficit orçamentário poderá chegar ao valor recorde de 1,55 trilhão de dólares. A acumulação do déficit depois deste ano - embora espere-se que ainda vá diminuir - poderá duplicar a dívida pública federal para 15,68 trilhões de dólares em sete anos e elevá-la a 18,57 trilhões em 2020.
Medido em relação ao tamanho da economia, os 1,55 trilhão de dólares de déficit orçamentário previstos para 2010 atingiriam 10,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
Prometendo mudar esta tendência, o presidente elogiou uma nova lei que acaba de assinar, que impede o Congresso de aprovar novos gastos sem antes efetuar cortes no orçamento que compensem as despesas.
Mas Obama advertiu que essa medida por si só não é suficiente. O presidente lembrou também que propôs cortes orçamentários de 20 bilhões de dólares para este ano e solicitou o congelamento dos gastos governamentais por três anos.
Obama também propôs a criação de uma comissão fiscal bipartidária que faça recomendações para reduzir o déficit a longo prazo.
"Infelizmente, essa proposta - que recebeu o apoio de uma maioria bipartidária no Senado - foi bloqueada recentemente", disse o presidente. "Portanto, criarei essa comissão com uma ordem executiva", advertiu.