Dois mil manifestantes se reuniram nesta sexta-feira (19/2) perto da aldeia de Bilin para marcar cinco anos de protestos semanais, nesta localidade, contra a construção por Israel de um muro de separação.
O premier palestino Salem Fayyad e o prefeito de Genebra (Suíça), Rémy Pagani, participaram do início da manifestação, segundo um fotógrafo da AFP.
Guardas de fronteira israelenses atiraram granadas de gás lacrimogêneo para dispersar militantes que atiravam pedras e conseguiram penetrar numa base militar próxima, causando prejuízos materiais.
Apresentada por Israel como uma "cerca antiterrorista", a barreira, que deve se estender ao final de sua construção por mais de 650 km, é qualificada de "muro do apartheid" pelos palestinos. Ela invade a Cisjordânia e torna extremamente problemática a criação de um Estado palestino viável.
Em 9 de julho de 2004, a Corte internacional de justiça (CIJ) considerou ilegal a construção da barreira e exigiu sua desativação, como o fez, em seguida a Assembléia Geral da ONU. Israel não levou em conta as decisões.