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Dubai acusa esquadrão de usar passaportes diplomáticos em assassinato

postado em 21/02/2010 09:44
O esquadrão que assassinou um dirigente do Hamas em Dubai utilizou passaportes diplomáticos, deu a entender o chefe de polícia do emirado, que neste domingo fez referência a uma possível cumplicidade de um pessoa próxima ao líder palestino no crime. "Há informações que a polícia de Dubai não quer tornar públicas no momento, especialmente no que diz respeito aos passaportes diplomáticos utilizados por membros do esquadrão", afirmou, sem revelar mais detalhes, o chefe de polícia, tenente-general Dhahi Khalfan, ao jornal oficial Al Bayan. A polícia de Dubai revelou que os membros do esquadrão que matou o palestino Mahmud Al Mabhuh em 19 de janeiro tinham seis passaportes britânicos, três irlandeses, um francês e um alemão. Khalfan, que se declarou 99% seguro de que o Mossad está por trás do assassinato, afirmou no sábado que os investigadores tinham provas, incluindo escutas telefônicas, sobre o envolvimento dos serviços de espionagem israelenses no assassinato. Ao mesmo tempo, o chefe de polícia de Dubai aconselhou o Hamas a fazer uma investigação interna sobre a pessoa que vazou a informação com os deslocamentos precisos de Mabhuh ao esquadrão. "As informações sobre a data de chegada de Mabhuh a Dubai foram transmitidas ao esquadrão por um indivíduo do entorno mais próximo de Mabhuh", disse Khalfan em uma entrevista ao jornal Al Ittihad, do emirado vizinho de Abu Dhabi. Khalfan afirmou que o responsável pelo vazamento é o verdadeiro culpado pelo assassinato.

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