Agência France-Presse
postado em 24/02/2010 20:37
A Austrália convocou o embaixador de Israel nesta quinta-feira (24/2) para que ele explique o uso de três passaportes australianos pelo grupo suspeito de assassinar um líder do Hamas em Dubai, em uma operação atribuída ao serviço secreto israelense, anunciou o primeiro-ministro australiano."Se os passaportes australianos são utilizados ou falsificados por qualquer outro Estado, e se são com o objetivo de assassinar, se trata de uma questão muito grave, e chegaremos ao fundo dela imediatamente", disse o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, à rede de televisão ABC.
Nesta quarta, a polícia de Dubai indicou que outras 15 pessoas com passaportes ocidentais - seis britânicos, três franceses, três irlandeses e três australianos - figuram entre os suspeitos do assassinato do líder do Hamas Mahmud al-Mabhuh, aumentando para 26 o número de envolvidos no crime.
Na lista de onze suspeitos apontados inicialmente como autores do assassinato figuravam seis pessoas com passaportes britânicos, três com passaportes irlandeses, um com passaporte francês e outro com documento alemão. Alemanha, França, Grã-Bretanha e Irlanda já pediram explicações a Israel pelo uso de seus passaportes por parte do grupo suspeito de assassinar o líder do Hamas. Mahmud al-Mabhuh foi encontrado morto no dia 20 de janeiro em seu quarto de hotel em Dubai.
A polícia local afirma que o Mossad, serviço secreto israelense, está por trás do crime, mas o governo israelense sustenta que não há provas.