Agência France-Presse
postado em 25/02/2010 16:23
Pelo menos cem dissidentes cubanos foram detidos temporiamente, a maioria já liberada, pelas forças de segurança do governo, depois da morte do preso político Orlando Zapata, enterrado nesta quinta-feira (25/2), denunciou a Comissão de Direitos Humanos, apenas tolerada no país.[SAIBAMAIS]"Essas detenções foram feitas ao longo do país, em delegacias e através de reclusões domiciliares extrajudiciais", disse à AFP o opositor Elizardo Sánchez. "A maioria já foi liberada, mas precisamos verificar", acrescentou Sánchez, da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN).
Sánchez destacou que essas detenções são executadas "sob a ameaça de prisão formal", e foram feitas, "especialmente, no leste da ilha, sobretudo em Holguín", onde fica Banes, a 850 km a leste da capital, aldeia onde nasceu Zapata, o preso político que morreu durante greve de fome.
Afirmou que as autoridades "demoraram no traslado do corpo" a Banes para que os familiares fossem obrigados a "enterrá-lo em duas horas". "A família se opôs tenazmente e eles foram obrigados a ceder", afirmou.