Agência France-Presse
postado em 26/02/2010 09:08
Pelo menos 16 pessoas, entre elas vários estrangeiros, morreram nesta sexta-feira (26/2) em um atentado suicida cometido no centro de Cabul e reivindicado pelos talibãs.
[SAIBAMAIS]Dois terroristas suicidas foram mortos pela Polícia na mesma área da capital afegã, declarou o porta-voz do Ministério do Interior, Zemarai Bashary.
"Um homem acionou sua bomba diante de um café próximo ao Complexo Safi", declarou o porta-voz do Interior, referindo-se a um elegante complexo do centro da cidade, que reúne um hotel e lojas.
Testemunhas asseguraram que haviam ouvido pelo menos outras duas explosões menores e disparos esporádicos. Até agora não está claro se o atentado principal foi cometido por um suicida a pé ou com um carro-bomba, como assegurou um oficial da Polícia.
"O registro é de 16 mortos, sendo um italiano e três policiais afegãos", declarou Zemarai.
Um cidadão indiano também está entre os mortos, indicou o coronel Mohammad Yaqud Noorzai, médico do hospital militar da cidade. Em Paris, um comunicado do Ministério das Relações Exteriores indicou que um dos mortos é um francês, que estava de passagem em Cabul.
O atentado ocorreu próximo ao hotel Park Residence, no qual vários indianos trabalhavam. Um fotógrafo da Agência France Presse viu pessoas saindo do hotel pelas janelas.
O centro da cidade estava pouco movimentado na hora em que ocorreu a explosão, pouco depois do amanhecer.
A "Zona Verde", bairro diplomático onde também moram personalidades políticas e estrangeiros em pleno centro de Cabul, foi cercada imediatamente depois do atentado e a Polícia pedia que os moradores não saíssem de suas casas.
"Reivindicamos" o ataque, declarou por telefone Zabihullah Mujahed, porta-voz dos insurgentes islamitas.
"Oito combatentes nossos realizaram o ataque, um detonou seu carro-bomba diante de um hotel, outros dois também ativaram suas bombas. Os outros permanecem presentes no local", assegurou.
A insurreição dos talibãs se intensificou consideravelmente e se estendeu por quase todo o país nos últimos anos. Seus militantes agem com cada vez mais frequência em Cabul, com ataques de comandos ou atentados suicidas.