Embora o centro sísmico tenha acontecido no Oceano Pacífico, o tremor foi muito próximo da costa, a apenas 65 quilômetros de uma cidade com quase 40 mil habitantes e de duas outras no raio de 100 quilômetros, cada uma com cerca de 300 mil habitantes, disse Sands. O epicentro do terremoto, cuja magnitude foi recalculada para 8,3 graus, fica a 317 quilômetros de Santiago, a capital chilena.
Apesar de estar melhor preparado para enfrentar terremotos, com construções mais firmes, do que o Haiti ; onde aconteceu o último grande desastre sísmico, em janeiro último ;, o Chile tem regiões carentes, com populações pobres no centro e no norte do país, onde o adensamento populacional tem aumentado muito.
Além do terremoto, o observatório da UnB registrou mais 12 tremores de menor intensidade, entre 6 graus e 6,5 graus nas imediações do grande sismo. O Chile, explicou Sands, está numa região onde grandes placas tectônicas se encontram . Como a Terra está em constante movimento, acrescentou ele, as placas colidem de vez em quando.
Por essa razão, o Chile tem um histórico de terremotos. O mais violento de que se tem registro no mundo ocorreu em 1960, com 9,5 graus, no país. O Chile fica exatamente no fim da grande placa tectônica onde termina o Círculo de Fogo que margeia o Oceano Pacífico pela América Central, América do Norte e desce pelo leste da Ásia.
O desastre ocorrido no Chile n ão tem maiores reflexos no Brasil, de acordo com o professor da UnB. A não ser pequenos registros do abalo em grandes cidades com maior altitude como Brasília, São Paulo e Curitiba, em um raio até Porto Alegre.